1. Treino de ouvido

Escute no mínimo três vezes esse diálogo e tente imitar, não precisa entender. Ele foi retirado da série Skam. Nela temos um dialeto entre uma menina com o dialeto de Bergen (Eva) e de um rapaz com o dialeto de Oslo (Isak).

2. Leitura (com tradução)

Trecho da conversa:
Eva: Ka æ greia med Jonas og Ingrid?
Isak: Hva?
Eva: Du hørte ka e sa
Isak: Du får spørre Jonas. Hvorfor spør du?
Eva: E så en melding på mobilen hans. E vet at du vet noe. Kan ikkje du bare si det? E lover å ikkje bli sur. E lover å ikkje si til Jonas at du har sagt noe. Driver de og tekster?
Isak: Kanskje litt


Tradução
Eva: Qual é o lance com o Jonas e a Ingrid?
Isak: Que?
Eva: Você ouviu o que eu disse.
Isak: Você tem que perguntar a Jonas. Por que você pergunta?
Eva: Eu vi uma mensagem no celular dele. Eu sei que você sabe algo. Você não pode apenas dizer? Eu prometo não ficar aborrecida. Eu prometo não contar Jonas que você disse algo. Eles estão trocando mensagens?
Sak: talvez um pouco.

3. Observações dialetais

No dialeto de Bergen há a forma e ou eg para “eu”; a forma ikkje “não”, a forma ka para “o que” e a pronúncia æ para flexão no tempo presente do verbo “ser”. Percebemos que a dicção da Eva é bem pesada e, por isso, ela fala algo que soa como “kansjdu barsi det” (kan ikkje du bare si det). Por fim, a pronúncia do [r] em Bergen é feita de maneira gutural.
No tangente tange a morfologia, percebe-se que ela usa a palavra melding com o gênero masculino (en melding). Bergen passou por muita influência do médio baixo-alemão na época da Liga Hanseática e, por isso, assimilou, entre outras coisas, a característica de apenas dois gêneros (comum e neutro).

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